#5 🫰🏼 Que show da FLIP é esse?
POV: você está em um grupo no meu WhatsApp, recebendo as fofoquinhas literárias da FLIP
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Estava entediada no carro, subindo a serra de volta ao interior, depois de cinco dias intensos na FLIP, quando uma amiga me envia a seguinte mensagem:
AMIGA, E AÍ, COMO FOI A FLIP? CONTA TUDO!!!
Meu cérebro no mesmo instante: não diga mais nada 😂 Meu tédio virou entusiasmo. Preparei o dedo do áudio e comecei o podcast particular.
E não é que uma simples conversa com uma amiga me inspirou a contar essa news de um jeitinho diferente? 👀
Então, sem enrolação, depois do guia despretensioso da FLIP, vamos ao resumão:
A chegada com samba e… enterro?
A fofoca começa no dia da chegada: chuva - inclusive na abertura! O espaço do telão da praça já estava lotado. Fiquei por ali procurando algum cantinho, eis que...
… ouço a seguinte frase do cerimonial de abertura: "Pessoal, temos uma ótima notícia! Por conta da homenagem ao João do Rio, recebemos imagens exclusivas do enterro dele e vamos passar agora". A minha reação:
Imediatamente olho para a cara do meu marido e digo: "Ok, este é o momento de deixar o grupo" kkk
João do Rio, nada contra sua pessoa. Aliás, muito pelo contrário, nessa FLIP conheci sua extensa obra literária, as crônicas, sua relevância na história do jornalismo brasileiro - aliás, muitos e muitos parabéns - mas assistir imagens da sua partida eu passei, tudo bem? Tudo bem 😅
Bom, uma voltinha rápida no centro histórico para constatar o óbvio: tudo lotado! As casas paralelas, os restaurantes, os bares - as ruas estavam tomadas. Voltei à praça e consegui ouvir trechos soltos da fala do professor e escritor Luiz Antonio Simas - vale assistir completo aqui (a partir do minuto 38’).
Paraty se transformou em uma grande roda de samba, tudo com muita cerveja gelada e a celebração da literatura. Para além das imagens do enterro que eu tinha ignorado mais cedo, passando ali e vivendo essas cenas, eu entendi, de fato, o que e quem era o João do Rio. UAU! 🫶🏼
E só estava começando…
Uma mesa favorita: tenho a minha. Qual foi a sua?
Sem sombra de dúvidas, a mesa “Da poeira que viemos” era a que mais estava esperando para assistir, uma conversa entre a da escritora Eliana Alves Cruz e Léonora Miano, com mediação de Adriana Ferreira Silva- clique aqui para assistir.
"Ah Gabi, mas isso por conta do tema?" - também, mas não somente. Na verdade, o que eu realmente queria era a oportunidade de estar pertinho da Eliana, ainda que por alguns segundos.
Meu primeiro contato com a literatura da Eliana foi em um clube do livro que participo em Sorocaba, o da Livraria Nobel, mediado pelas queridas Ari e Cris. Solitária foi um livro que mexeu muito comigo, não só pelo conteúdo e forma, mas principalmente pela escritora.
O estilo de escrita, a criatividade que Eliana teve ao dividir os capítulos, o momento de narrador não óbvio e a sensação de que já tinha visto aquela história em algum lugar.
Pois é, assim que terminei a última página, fui pesquisar e descobri que Solitária é um livro baseado em uma tragédia, algo que foi bastante explorado pela imprensa na época (não vou contar para aguçar a vontade de ler!).
Nessa breve pesquisa, também descobri que a Eliana, além de escritora, é jornalista. Me lembro da felicidade que fiquei em perceber que este também era um caminho possível para mim, sabe?
E foi exatamente essa a pergunta que fiz para Eliana quando peguei a fila para ter meu livro autografado: “Eliana, quando você percebeu que tinha deixado de ser jornalista para ser escritora?”. Ela me respondeu: “Eu não deixei de ser. Na verdade o jornalismo só me ajudou a me manter escrevendo. Você se mantém escrevendo, Gabi?”. Ela não viu, mas saí dali com o olho cheio de água 🥹
Recomendo muito a leitura de Solitária. Este livro me abriu uma janela para enxergar a minha profissão como aliada nessa minha fase mais voltada à escrita - mas isso fica para outra edição.
Três escritoras que estavam na minha programação e que amei ouvir
Luciany Aparecida - conversou com sua editora Fernanda Dias sobre o livro Mata Doce, com mediação da jornalista Emily Almeida, da Piauí, na Casa de Histórias. Foi muito legal conhecer detalhes da edição do romance, curiosidades e mais da história da Luciany. Mata Doce mostra traumas coloniais, mas, ao mesmo tempo, traz memórias afetivas e ancestrais de uma forma impactante.
Jana Viscardi e Amara Moira - assisti à mesa “A língua viva”, com mediação da jornalista Cris Fibe, também na Casa de Histórias. Que mistura boa! Jana tem uma energia caótica, ela é engraçada e contagiante. Amara falou sobre seu lançamento, Neca, e o sonho de, um dia, traduzir Shakespeare para o pajubá. Maravilhosas que subvertem a linguagem 💅🏻
Andrea Del Fuego - ai ai… eu amo essa mulher 🫶🏼 como não estar perto de Andrea e não ficar suspirando? Já leu Andrea? Se não, feche este texto e comece agora - garanto que você não vai se arrepender! Uma fofoca que Andrea me contou enquanto estava assinando meu livro: vai ter oficina presencial dela em breve em uma cidade de montanha bem propícia à escrita. Quando souber a fofoca completa, volto para contar 😂
tietando as autoras e autores favoritos da FLIP
Três escritoras que não estavam na minha programação, mas que amei conhecer
Bethânia Pires Amaro: a mesa “Mulheres da coragem”, na Casa Record foi uma das minhas favoritas. Bethânia falou sobre seu livro “O Ninho” e garantiu um dos momentos mais fofos até então: sua bebê circulando nos braços do marido enquanto ela falava sobre coragem e literatura. Inspiração demais! Mais uma indicação certeira da amiga Ari 📝
Clarice Freire: na mesma mesa de Bethânia estava Clarice. A primeira vez que ouvi falar sobre ela foi por meio de Marcelino. Em oficina, ele nos contava de um livro em que o narrador era o tempo. Confesso que não tinha me ligado que a Clarice era ela, até ouvi-la lendo um trecho do livro. Me emocionei quando ela falou sobre o apoio da família e do marido ❤️
Julia Dantas: ela é escritora, tradutora, editora, professora e mais um tantão de coisas que estou descobrindo. A Julia criou o blog “Diário da pandemia”, com relatos de mais de duzentas pessoas e que, mais tarde, inspirou a criação do blog “Diário da enchente”, com testemunhos da maior tragédia climática do RS. Em uma das mesas oficiais, Julia disse: “Escrever era meu único barco possível” 🥲
3 momentos que fizeram a criação desta news valer o esforço na FLIP
A última edição da minha news foi um guia despretensioso sobre a FLIP. Coloquei na programação as duas mesas que falavam sobre a criação de newsletters, uma na Casa Escreva, Garota e, a outra, na Casa Libre. E então…
“Você não é a Gabi que escreveu uma news com dicas da FLIP?”.
Estava sentadinha esperando a mesa começar e uma super querida me cutuca falando essa frase. Minha reação:
É sério… a substacker iniciante pira 😂 Fiz questão de anotar a news dela: “Na minha cabeça faz sentido” - aqui.
Babi Bom Angelo na Casa Libre
O mundo das newsletters é gigante e tem um tanto de pessoas que começaram por aqui quando tudo era mato, sabe? Pois foi de uma dessas desbravadoras que recebi uma visitinha por aqui, ninguém mais ninguém menos que Babi Bom Angelo. Obrigada! Foi ótimo aprender com você na Casa libre 🩵
Acompanhar as mesas de newsletter ao lado das amigas de escrita
Estar na FLIP já é especial por si só, mas, quando me dei conta, estava ouvindo sobre criação de conteúdo no substack ao lado das mulheres que me incentivaram a começar aqui: Andrea e Marina - amigas da comunidade da escrita que ficaram para a vida. Temos um projeto para iniciar juntas em breve!
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A FLIP em números*
Taxa de ocupação das pousadas: 95% (fonte: Secretaria de Turismo)
Estimativa de visitantes em Paraty: 27-30 mil (fonte: Polícia Militar e Prefeitura)
Números de views no Youtube: 53.206 (2024) x 25 mil no Youtube 2023 x 18 mil no YouTube 2022
600 mil contas impactadas no Instagram
Incentivo aprovado na Lei Rouanet: R$ 15 milhões
Captado via Lei Rouanet até o momento: R$ 5 milhões
Outras captações até o momento: R$ 4,4 milhões (projeção)
Custo da 22ª Flip: R$ 10 milhões
5 Livros mais vendidos:
A Alma encantadora das ruas - João do Rio
A mais recôndita memória dos homens - Mohamed Mbougar Sarr
Quero estar acordado quando morrer - Atef Abu Saif
Descolonizando afetos - Geni Núñez
10 personalidades mais vendidas:
João do Rio
Édouard Louis
Luiz Antonio Simas
Geni Núñez
Mohamed Mbougar Sarr
Carla Madeira
Mariana Salomão Carrara
Jeferson Tenório
Han Kang (a ganhadora do Nobel de Literatura ❤️)
Ilaria Gaspari
5 mesas incríveis para assistir (fora as que já mencionei acima)
Mesa 12: Não existe mais lá – Atef Abu Saif e Julia Dantas
Mesa 15: A eterna guerra dos sexos - Jazmina Barrera e Ligia Gonçalves Diniz
Mesa 17: A memória dos homens – Mohamed Mbougar Sarr e Jeferson Tenório
Mesa 18: Anatomia do futuro – Édouard Louis
Mesa 19: Invenção e linguagem: o romance segue – Carla Madeira, Silvana Tavano e Mariana Salomão Carrara
FLIP 2025: temos datas?
E aí, a FLIP será em julho no ano que vem? A resposta da organização foi: depende! Mauro Munhoz explicou que a data depende da possibilidade de antecipação de patrocínios: “se pelo menos metade dos contratos for assinada até o fim deste ano, a feira será na primeira semana de agosto. Caso contrário, pode ser na primeira ou na terceira semana de outubro” - estamos de olho!
*Informações da coletiva de imprensa pós evento
PONTO FINAL
Vale o clique para ler um relato de algo que se repete em toda FLIP, da escritora Micheliny Verunschk - aqui.
A coisa do “lugar certo, hora certa” - aconteceu com as amigas Ari e Janete, que simplesmente foram parar em uma gravação oficial da Socorro Acioli - aqui.
O relato da Banca Tatuí representando a indignação do espaço das editoras independentes na FLIP - aqui.
Para terminar, só posso dizer que mesmo aqui, em casa, escrevendo agora essas palavras, pisando em um chão real, teclando em um computador real, vivendo a “vida real”, ainda desconfio se, de fato, voltei.
E ai, esqueci algo? Me conta uma fofoca da FLIP 🙊
Adoreeei! Na próxima eu vou!!
A minha fofoca preferida é que você foi reconhecidaaaaa! AMEI 🥹🥹♥️♥️